Guerra Revolucionária Americana (1775–1783)
Antes de tudo, com base no texto do historiador brasileiro
Leandro Karnal, iremos destacar o por quê do interesse do reinol britânico nas
colônias.
A Revolução
Industrial é, antes de mais nada, uma disciplina de trabalho (no século XVIII
as pessoas passam a ser escravas do tempo sendo controladas pelo relógio),
exploração máxima da mão-de-obra consequentemente provocando um aumento
colossal da produção. Produção essa que provoca uma nova busca de mercados
consumidores e de maiores necessidades de matérias-primas como algodão, ferro,
carvão e etc. Sendo assim, as 13 colônias inglesas na América são vistas como
fontes em potencial para erigir o processo industrial inglês. Ou seja, a
Inglaterra já era a ‘‘Rainha do Mar mediterrâneo, com sua marinha de guerra era
praticamente imbatível nos mares e agora seria a ‘‘A Personificação da
Industrialização.’’
Ao final do século
XVII e a totalidade do século XVIII, foi marcado por sangrentas guerras nas europa
e na América. Podemos analisar que essas guerras tiveram uma importância para o
processo de independência das 13 colônias (Estados Unidos ainda não existia) em
relação à Inglaterra. A primeira guerra ocorreu em meados no final do século
XVII, foi a Guerra da Liga de Augsburgo, onde na Inglaterra se chamou de Guerra
do Rei Guilherme, o principal objetivo da guerra foi a consequência da
Inglaterra com relação a política expansionista do Rei Luís XIV (França), no
começo a Inglaterra indiferente a essa política, muda de comportamento quando
expulsa os protestantes franceses motivada por Luís XIV, quando o Rei Guilherme
sobe ao trono do país declara guerra a França.
No final da
guerra, França e Inglaterra fecham um contrato, denominado Tratado de Ryswick
(1697), onde estabelecia a devolução do Porto Royal para a França.
Entre 1703 à 1713, ocorreu a Guerra da Rainha Ana ou da
Sucessão Espanhola, na época o Rei da Espanha, Carlos II havia falecido sem
deixar nenhuma herança. A ideia da política de casamentos entre o reinol
europeu acabava por deixar muitos reis sucessores em potencial. A Áustria
tinha apoio da Inglaterra que era contra a França, onde seu objetivo era
colocar no trono espanhol Filipe, neto de Luís XIV.
Durante esse
conflito, os ingleses enfrentaram duas frentes de batalha, uma que era no norte
onde colonos franceses e os índios eram aliados (o mesmo ocorreu na Guerra do
Rei Guilherme), e no sul, a Carolina do Sul enfrentava os espanhóis da Flórida.
A atenção
dos europeus em relação à América, juntava ou até mesmo impedia com os
interesses dos colonos, os colonos do Sul queriam dominar o Mississipi, os do
Norte queriam o domínio do comércio de peles e a posse dos bancos pesqueiros da
Terra Nova. A Inglaterra a fim de ajudar os colonos, enviando uma tropa de 10
mil soldados para a América, acaba atrapalhando a luta das 13 colônias contra
os franceses e os espanhóis.
O Tratado de Utrecht, que colocou fim à guerra, beneficiou
também as 13 colônias, privativamente os do Norte. Os colonos adquiriram o
controle da baía de Hudson e o domínio do comércio de peles da região.
A Guerra da Orelha
de Jenkins, acontecida em 1739
a 1742, agitou a vida na América posteriormente a Guerra
de Sucessão Espanhola, utilizando o ataque espanhol ao navio do capitão Jenkins
(durante o qual ele perde a orelha), os colonos atacaram possessões espanholas,
dirigindo-se a Flórida e depois à Cartagena, localizada na Colômbia, três mil e
quinhentos colonos foram comandados pelos oficiais ingleses, durante esses
ataques, porém a febre amarela atacou-os no Caribe, apenas seiscentos colonos
conseguiram sobreviver, acrescentando o ressentimento contra o exército inglês.
Já a Guerra da
Sucessão Austríaca, que ocorreu em 1740 até 1768, que foi outro problema de
sucessão e que provocaria um atrito entre as nações da Europa. A Inglaterra
apoiava Maria Teresa, entretanto os franceses não aceitavam que uma mulher
poderia assumir o trono. Na América, ficou conhecido como Guerra do Rei Jorge.
Durante essa
guerra, nas colônias, o forte francês de Louisbourg foi apanhado por uma
expedição saída Boston. Quando foi assinado um tratado de paz (Tratado de
Aix-La-Chapelle), a Inglaterra prometeu a devolução do forte para a França.
Mais uma vez os interesses dos ingleses eram sobrepostos aos interesses dos
colonos. A Guerra do Rei Jorge, ajudou também para a dispersão do interesse da
França e da Inglaterra pelo vale de Ohio, interesse que era bastante importante
no conflito seguinte.
Dois anos do
começo da Guerra dos Sete Anos na Europa (1756-1763), começava na América os
conflitos denominados de Guerra Franco-Índia, o início do choque ligava
exatamente às pretensões dos colonos de se expandirem sobre as áreas indígenas
de Ohio.
Em junho de 1754,
organizaram uma conferência das colônias inglesas em Albany (Nova York), pela
primeira vez, ocorre um plano de união entre as colônias, formado pelo
bostoniano Benjamin Franklin, para dar mais força aos colonos na luta contra os
inimigos, mas essa ideia de união desagradou a Inglaterra, que temia os efeitos
posteriores dela.
A Guerra
Franco-Índia e a dos Sete Anos acabaram eliminando o Império da França pela
América do Norte, derrotada na América e na Europa, a França entrega para a
Inglaterra uma parte de suas propriedades no Caribe e no Canadá.
De várias formas, a Guerra dos Sete Anos é a
principal e mais importante de todas as guerras do século XVIII, do mesmo jeito
nas outras guerras os interesses ingleses quase não eram parecidos com os
interesses dos colonos da América.
Com a derrota da
França, as invasões francesas acabaram se afastando, deixando os colonos menos
dependentes do poder militar inglês para sua defesa.
A Guerra dos Sete
Anos tinha estabelecido uma presença militar nas colônias, a coroa decidiu
manter um exército regular na América, a um custo muito alto por ano. Para a
sustentação do exército, os colonos passaram a aumentar seus impostos, virando
uma situação desagradável para os colonos.
No final da Guerra dos Sete Anos, também trouxe outros problemas entre os colonos e os índios, vencido o inimigo francês, os colonos queriam uma expansão mais forte entre os montes Apalaches e o rio Mississipi, áreas tradicionais de grandes tribos indígenas, o resultado disso foi uma nova fase de conflitos entre os índios e os colonos. Várias tribos unidas numa confederação devastaram inúmeros fortes ingleses com táticas de guerilha, contra essa rebelião liderada por Pontiac, os ingleses usaram vários recursos, incluindo espalhar varíola entre os índios.
No final da Guerra dos Sete Anos, também trouxe outros problemas entre os colonos e os índios, vencido o inimigo francês, os colonos queriam uma expansão mais forte entre os montes Apalaches e o rio Mississipi, áreas tradicionais de grandes tribos indígenas, o resultado disso foi uma nova fase de conflitos entre os índios e os colonos. Várias tribos unidas numa confederação devastaram inúmeros fortes ingleses com táticas de guerilha, contra essa rebelião liderada por Pontiac, os ingleses usaram vários recursos, incluindo espalhar varíola entre os índios.
Apesar da derrota
os índios, o governo britânico decidiu apaziguar, em setembro de 1763, o rei
Jorge III proibiu o acesso dos colonos, a várias áreas dos Apalaches e o
Mississipi, o decreto de Jorge III reconhecia a soberania indígena sobre as
áreas.
A Declaração de
1763, é uma origem de grande importância para a revolta colonial à Inglaterra,
porque fere os interesses de expansão dos colonos, tanto os que exploravam as
peles quanto os que plantavam fumo viam nessas terras ricas, que o decreto
agora reconhecia como indígena, uma ótima oportunidade de ganho, foi importante
também porque representou uma mudança grande da Coroa inglesa em relação às
colônias da América. O ano de 1763 marcou uma mudança na história das relações
entre a Inglaterra e suas colônias.
A Inglaterra se
tornou posteriormente a Guerra dos Sete Anos, a grande potencia mundial e
passou a desenvolver uma política crescente de domínio político e econômico
sobre as colônias.
A Lei do Açúcar, em 1764, representou outro ato dessa nova política, essa lei reduzia de seis para três o impostos sobre o melaço estrangeiro, mas estabelecia impostos adicionais sobre o açúcar, artigos de luxos, vinho, seda café e roupas brancas. Desde 1733 existia uma lei igual, entretanto os impostos sobre os produtos perdiam-se na ineficiência das alfândegas inglesas nas colônias.
A Lei do Açúcar, em 1764, representou outro ato dessa nova política, essa lei reduzia de seis para três o impostos sobre o melaço estrangeiro, mas estabelecia impostos adicionais sobre o açúcar, artigos de luxos, vinho, seda café e roupas brancas. Desde 1733 existia uma lei igual, entretanto os impostos sobre os produtos perdiam-se na ineficiência das alfândegas inglesas nas colônias.
No mesmo ano, o
governo inglês, cria a Lei da Moeda, proibindo a emissão de papéis de credito
na colônia, que, ate então eram usados como moeda. O comandante do exército
britânico na América, o general Thomas Gage, sugeriu e fez aprovar no mesmo ano
a Lei de Hospedagem, essa lei determinava formas como os colonos deveriam
abrigar os soldados da Inglaterra na América e fornece-lhes alimento.
A lei da Hospedagem e a lei da Moeda revelaram mudanças na
política inglesa. O objetivo da Lei da Moeda era restringir a autonomia das
colônias, e a Lei da Hospedagem desejava tornar as colônias mais baratas para o
tesouro inglês.
No entanto,
somente na Lei do Selo, em 1765 , que percebemos uma resistência organizada dos
colonos a esta onda de leis mercantilistas. A Inglaterra estabeleceu, em 22 de
março de 1765, que todos os contratos, jornais, cartazes e documentos públicos
fossem taxados, a leia caiu como uma bomba foram realizados vários protestos em
Boston e em outras cidades, foi convocado no Congresso da Lei do Selo, em Nova York, os
representantes das colônias que elaboraram a
Declaração dos Direitos e Reivindicações, esse documento foi de bastante
interesse.
Com a Lei do Selo, a Coroa havia incomodado a elite das colônias, a reação foi grande, houve um movimento de boicote ao comércio inglês, no verão de 1765, decaindo o comercio da Inglaterra, em quase todas as colônias. Em 1766, o Parlamento inglês teve que abolir a rigorosa lei.
Em 1767, o ministro da Fazenda, Charles Townshend, decretou medidas que foram conhecias como Atos Townshend, que lançavam impostos sobre o vidro, corantes e chá. O resultado dessas leis foi de novos protestos, novos boicotes e declarações dos colonos contra as medidas, as leis acabaram sendo revogadas.
Com a Lei do Selo, a Coroa havia incomodado a elite das colônias, a reação foi grande, houve um movimento de boicote ao comércio inglês, no verão de 1765, decaindo o comercio da Inglaterra, em quase todas as colônias. Em 1766, o Parlamento inglês teve que abolir a rigorosa lei.
Em 1767, o ministro da Fazenda, Charles Townshend, decretou medidas que foram conhecias como Atos Townshend, que lançavam impostos sobre o vidro, corantes e chá. O resultado dessas leis foi de novos protestos, novos boicotes e declarações dos colonos contra as medidas, as leis acabaram sendo revogadas.
Entretanto, em
Boston, quase no mesmo tempo em que foram anulados os Atos Townshend, um choque
entre americanos e soldados ingleses tornaria as relações entre as duas partes
muito difícil. Protestando contra os soldados, um grupo de colonos havia
atirado bolas de neve contra o quartel, o comandante, assustado, mandou os
soldados defenderem o local, no entanto , acabaram atirando contra os
manifestantes, cinco colonos morreram, seis outros foram feridos, mas
conseguiram sobreviver, foi no dia 5 de março de 1770, ficou conhecido como O
Massacre de Boston.
De novo, entra em cena o chá, novamente surge o mercantilismo que a Inglaterra parece disposta a implantar nas colônias e novamente a reação dos colonos. Para favorecer a Companhia das Índias Orientais, que estava na falência, o governo inglês lhe concede o monopólio da vende do chá para as colônias americanas. Os colonos tinham o mesmo hábito britânico do chá, tal como na Inglaterra, o preço da bebida vinha baixando, tornando-a cada vez mais popular, com o monopólio do fornecimento de chá nas mãos de uma companhia, os preços subiram.
De novo, entra em cena o chá, novamente surge o mercantilismo que a Inglaterra parece disposta a implantar nas colônias e novamente a reação dos colonos. Para favorecer a Companhia das Índias Orientais, que estava na falência, o governo inglês lhe concede o monopólio da vende do chá para as colônias americanas. Os colonos tinham o mesmo hábito britânico do chá, tal como na Inglaterra, o preço da bebida vinha baixando, tornando-a cada vez mais popular, com o monopólio do fornecimento de chá nas mãos de uma companhia, os preços subiram.
Primeiro a
população procurou substituir o chá por café e chocolate apara escapar do
monopólio, na noite de 16 de dezembro de 1773, 150 colonos disfarçados de
índios atacaram 3 navios no porto de Boston e atiraram o chá ao mar, foi a
Boston Tea Party, cerda de 340 caixas de chá fora jogadas ao mar (motivo de
debate entre os historiadores é como 150 homens brancos fizeram isso sem serem
notados por nenhuma guarnição vigilante no local). Provavelmente utilizaram
essa técnica para caso ocorresse alguma investigação os índios receberem a
culpa pelo ocorrido.
A reação do Parlamento
foi forte, foram decretadas leis que os americanos passaram a chamar de “leis
intoleráveis”, a mais conhecida interditava o porto de Boston até que fosse
pago o prejuízo causado pelos colonos. A colônia de Massachusetts foi
transformada em colônia real, o qual emprestava grande poderes a seu
governador.
A Independência
das 13 colônias, foi bastante influenciada por muitos autores do Iluminismo, um
dos mais importantes para os colonos foi John Locke. O filósofo criou a ideia
de um Estado de base contratual, esse contrato entre o Estado e os seus
cidadãos teria por objetivo garantir os “direitos naturais do homem”, que Locke
identificava como a liberdade, a felicidade e a prosperidade, para Locke a
maioria tem o direito de fazer valer seu ponto de vista, e quando o Estado não
cumpre seus objetivos e não assegura aos cidadãos a possibilidade de defender
seus direitos naturais, os cidadãos podem e devem fazer uma revolução, ou seja,
Locke também era favorável ao direito à rebelião.
O filosofo inglês
defendia a participação política para determinar a validade de uma lei, as leis
que a Inglaterra implantava eram votadas sem que os colonos participassem da
votação, por várias vezes os colonos se recusaram a aceitar leis votadas pelo
parlamento, alegando direito de participar em decisões que os afetariam.
É de grande
interesse identificarmos na Declaração de Independência das 13 colônias,
trechos que foram extraídos das ideias de Locke, o filosofo inglês, ao
justificar um movimento em seu país, acabou servindo de base, quase um século
depois, para um movimento contra o domínio da Inglaterra, a mesma Inglaterra
que tanto amava.
Quando a
Inglaterra começou a sua política mercantilista, os colonos americanos
passaram, de forma crescente, a protestar contra esses fatos. É importante
lembrar que não havia na América do Norte, de forma alguma, uma nação unificada
contra a Inglaterra, na verdade as 13 colônias não uniram por um sentimento
nacional, mas por um sentimento antibritânico. Foi o crescente ódio a
Inglaterra e não ao amor pelos Estados Unidos que tornava forte o movimento
pela independência.
As sociedades secretas foram uma das primeiras reações dos colonos contra medidas inglesas, uma das mais famosas foi Os filhos da Liberdade, que estabeleceu uma grande rede de comunicações, facilitando a articulação entre os colonos, eles também foram uma escola política, pois seus membros liam as principais obras políticas, para darem base intelectual ao movimento.
Ocorreu também um grupo feminista nomeado Filhas da Liberdade, com o mesmo objetivo, as mulheres também organizaram Ligas do Chá com ideia de boicotar a importação de chá inglês, nas grandes cidades como Nova York e Boston, mulheres encabeçavam campanhas contra produtos elegantes importados da Inglaterra e incentivavam produtos feitos em casa, mais simples, entretanto mais “patrióticos”.
As sociedades secretas foram uma das primeiras reações dos colonos contra medidas inglesas, uma das mais famosas foi Os filhos da Liberdade, que estabeleceu uma grande rede de comunicações, facilitando a articulação entre os colonos, eles também foram uma escola política, pois seus membros liam as principais obras políticas, para darem base intelectual ao movimento.
Ocorreu também um grupo feminista nomeado Filhas da Liberdade, com o mesmo objetivo, as mulheres também organizaram Ligas do Chá com ideia de boicotar a importação de chá inglês, nas grandes cidades como Nova York e Boston, mulheres encabeçavam campanhas contra produtos elegantes importados da Inglaterra e incentivavam produtos feitos em casa, mais simples, entretanto mais “patrióticos”.
Na Carolina do
Norte, um grupo de mulheres chegou a elaborar um documento chamado Proclamação
Edenton, dizendo que o sexo feminino tinha todo o direito de participar da vida
política, mais tarde, quando a guerra entre colônias e a Coroa Britânica
começou, as colonas demonstraram mais uma habilidade, foram administradoras das
fazendas e negócios enquanto os maridos lutavam.
Com a continuação
das medidas para as 13 colônias, os colonos organizaram o Congresso Continental
da Filadélfia, depois conhecido como Primeiro Congresso da Filadélfia,
representantes de quase todas colônias acabaram elaborando uma petição ao rei
Jorge, protestando contra medidas, depois de protestar contra medidas inglesas,
os colonos encerraram o documento dizendo que prestavam lealdade a sua
Majestade, o conservadorismo da elite colonial reunida no Congresso não foi
suficiente para uma generosa influencia
de Locke no texto enviado ao rei.
A reação inglesa
foi duvidosa, ao mesmo tempo em que houve tentativas de conceder maiores
regalias ao colonos, foi aumentando o numero de soldados ingleses na América,
esse incremento da força militar acabou estimulando um inevitável choque entre
as forças dos colonos e as inglesas.
Em meio ao início de hostilidades deu-se o Segundo Congresso da Filadélfia, esse Congresso acabaria reunindo todas as colônias, inclusive a resistente Geórgia, inicialmente, apenas renovou seus protestos junto ao rei, que acabou se decidindo a declarar as colônias “rebeldes”, a opinião dos congressistas estava dividida enquanto panfletos como os de Thomas Paine (senso comum), pregavam enfaticamente a separação e atribuíam ao rei os males da colônia.
Em meio ao início de hostilidades deu-se o Segundo Congresso da Filadélfia, esse Congresso acabaria reunindo todas as colônias, inclusive a resistente Geórgia, inicialmente, apenas renovou seus protestos junto ao rei, que acabou se decidindo a declarar as colônias “rebeldes”, a opinião dos congressistas estava dividida enquanto panfletos como os de Thomas Paine (senso comum), pregavam enfaticamente a separação e atribuíam ao rei os males da colônia.
No dia 10 de janeiro de 1776, o folheto
“senso comum”, chega às livrarias da Filadélfia, em meio a agitações políticas
do inverno de 1776, as 50 paginas desse folheto divulgado como anônimo teriam
uma grande importância, fundamental como elemento de propaganda, suas
afirmações firam sendo espalhadas pelas colônias com grande velocidade , como o
nome já diz , Paine revelou um sentimento que era crescente entre os colonos,
um senso comum e “bom”.
A Inglaterra é
negada em sua condição de mátria por seus erros, pregando o autor a separação.
Em 2 de julho de 1776, o Congresso da Filadélfia acaba decidindo a separação e encarrega uma comissão de redigir a Declaração da Independência, a Declaração fica pronta dois dias depois, em 4 de julho de 1776, com o surgimento de um novo país: Os Estados Unidos da América.
As tradições políticas e historiográficas norte-americanas elegeu alguns políticos como “pátrios” ou “pais fundadores”, eles figuraram, com rostos felizes, nas também notas de dólar. George Washington e Benjamin Franklin. Para a França absolutista do rei Luis XIV, os soldados que haviam lutado na Independência, voltaram para a Europa com ideias liberais e de republica, haviam lutado contra uma tirania na América e, de volta a pátria, reencontravam um soberano absolutista, no entanto, só 13 anos depois da Independência norte-americana a liberdade ocorrerá na França.
Para o resto da América, os Estados Unidos serviriam como exemplo, uma Independência concreta e possível passou a ser grande modelo para as colônias ibéricas que desejavam se separar das metrópoles, os princípios iluministas, que também influenciavam a America ibérica, demonstraram ser aplicáveis em termos concretos. Soberania popular, resistência a tirania, fim do pacto colonial, tudo isso os Estados Unidos mostrava as outras colônias com seu feito.
Em 2 de julho de 1776, o Congresso da Filadélfia acaba decidindo a separação e encarrega uma comissão de redigir a Declaração da Independência, a Declaração fica pronta dois dias depois, em 4 de julho de 1776, com o surgimento de um novo país: Os Estados Unidos da América.
As tradições políticas e historiográficas norte-americanas elegeu alguns políticos como “pátrios” ou “pais fundadores”, eles figuraram, com rostos felizes, nas também notas de dólar. George Washington e Benjamin Franklin. Para a França absolutista do rei Luis XIV, os soldados que haviam lutado na Independência, voltaram para a Europa com ideias liberais e de republica, haviam lutado contra uma tirania na América e, de volta a pátria, reencontravam um soberano absolutista, no entanto, só 13 anos depois da Independência norte-americana a liberdade ocorrerá na França.
Para o resto da América, os Estados Unidos serviriam como exemplo, uma Independência concreta e possível passou a ser grande modelo para as colônias ibéricas que desejavam se separar das metrópoles, os princípios iluministas, que também influenciavam a America ibérica, demonstraram ser aplicáveis em termos concretos. Soberania popular, resistência a tirania, fim do pacto colonial, tudo isso os Estados Unidos mostrava as outras colônias com seu feito.
Para os índios, a
Independência foi negativa, pois , a partir dela que aumentou a pressão
expansionista dos brancos sobre os territórios ocupados pelas tribos indígenas.
Para os negros escravos, foi um ato que em si nada representou, temos noticia de um grande aumento no numero de fugas durante o período da Guerra de Independência, Thomas Jefferson declarou que em 1778, a Virginia perdeu trinta mil escravos pela fuga, no entanto, nem a Inglaterra, nem os colonos se interessavam que a Guerra da Independência se tornasse uma guerra social entre escravos e latifundiários, os que de fato não ocorreu.
Com todas
as limitações, o movimento de independência significava um fato histórico novo
e fundamental, a promulgação da soberania “popular” como elemento suficiente
forte para mudar e derrubar formas estabelecidas de governo, e da capacidade,
tão inspirada em Locke, de romper o elo entre governantes e governados quando
os primeiros não garantissem aos cidadãos seus direitos fundamentais, existia
uma firme defesa da liberdade, a principio limitada, mas que se foi estendendo
em diversas áreas.Para os negros escravos, foi um ato que em si nada representou, temos noticia de um grande aumento no numero de fugas durante o período da Guerra de Independência, Thomas Jefferson declarou que em 1778, a Virginia perdeu trinta mil escravos pela fuga, no entanto, nem a Inglaterra, nem os colonos se interessavam que a Guerra da Independência se tornasse uma guerra social entre escravos e latifundiários, os que de fato não ocorreu.
Para concluir, em sinopse,
podemos dizer que o processo de independência das colônias beneficiou mais aos
grandes comerciantes do Norte e aos latifundiários escravistas do Sul (muitos
desses eram contrários a guerra como falamos anteriormente). No entanto, os
princípios de liberdade expressos na declaração de independência e na
Constituição transformaram-se, mesmo com o caráter excludente inicialmente
atribuído a cidadania, na grande bandeira política das gerações posteriores que
lutaram pela ampliação dos direitos de cidadania. Assim, mesmo com escravismo
sobre negros e espoliação dos indígenas, o caráter revolucionário do movimento
de independência dos Estados Unidos reside em uma questão: a partir dele,
homens desprezados que ajudaram a construir o pais (negros, índios aculturados,
brancos pobres, mulheres etc.), voltaram a sofrer as mesmas opressões de sempre
que caracterizaria os EUA como uma nação evidentemente preconceituosa. Ao longo
desse processo histórico, surgiram uma visão da liberdade e uma concepção da
cidadania que se constituíram como o ponto de partida para a construção das
modernas leituras sobre cidadania e democracia que são vigentes nos EUA atuais.
Aqui interessa-nos, sobretudo, a formulação que será dada ao conceito de
cidadania e suas repercussões na edificação daquilo que os norte-americanos
entendem como cidadania e democracia nos dias atuais. O mais espantoso é o
estaria por acontecer 85 anos após a independência dessas 13 colônias, pois a
lenta discussão preparatória acerca da Constituição atormentava e atrapalhada o
prosseguimento de outras medidas. Unidade em torno de um governo
centralizadamente forte ou liberdade para as colônias agirem de forma mais
autônoma? Essa problemática tinha sido erguida ainda antes da Independência e
continuou protelada e mal resolvida até o final do século XIX, acabando no que
eclodiria no evento que causou mais mortes aos americanos do que as duas
guerras mundiais, a Guerra Civil Americana (Guerra da Secessão 1861-1865) com
quase 1 milhão de americanos mortos.
Historiadores: Filipe Avelar, Driele Soares e Renan Mendes.
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