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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sociedade das Nações e suas negociações de ''paz''



O ''Sucesso'' da ONU



   Parece que quanto mais tempo passa, mais o povo vai se alienando mediante aos fatos.
   E os Estados Unidos da América continuam se sentindo ‘‘escolhidos por Deus’’ para ‘‘salvar’’ o mundo e realizar o desejo de ser a ‘‘polícia do mundo’’. Para que possamos entender um pouco esse pensamento ‘‘anti EUA’’ torna-se necessário fazermos uma pequena viagem ao passado Yankee.
   Comecemos falando do genocídio indígena durante os séculos de colonização, disfarçado sob a máscara de uma guerra justa, ou guerra indígena. Pura barbárie! Historiadores afirmam que 90%, repito, 90% da população indígena foi dizimada. Não só ao entrar em contato com o homem branco (epidemias) como também pelo massacre e opressão pela parte dos brancos racistas. Lembremos da Doutrina Monroe que estabeleceu o imperialismo americano na América, impedindo que os ingleses o fizessem, mas sem nos esquecermos das atrocidades em Cuba, Nicarágua, El Salvador. ‘‘América para os Americanos’’, ou melhor enfatizando,os EUA "salvaram os povos vizinhos do domínio europeu" transformando os países latino-americanos em seu quintal de exploração econômica e dominação cultural.
   A Guerra de Secessão dentro dos EUA (1861-1865) foi o conflito que causou mais mortes ao povo norte-americano num total estimado de 970 mil pessoas (cerca de 3% da população americana na época).
   Bom ressaltarmos aqui também o papel americano no pós Primeira Guerra Mundial,  porque foi como o "salvador do mundo" que os americanos se posicionaram, provocando dependência econômico-financeira por parte dos países europeus. A sua política de omissão perante o massacre imposto pelos Nazistas aos povos da europa (os EUA não mexerem com Hitler pois ele estava ‘‘limpando’’ a europa da ‘‘ameaça comunista’’). Claro! Os EUA sempre foram a ‘‘personificação do bem’’ enquanto a URSS era a ‘‘personificação do mal’’ e eles tentaram mostrar isso para o mundo quando os soviéticos invadiram o Afeganistão.
   E a ONU? Historicamente, a Organização das Nações Unidas teve como organização precursora a Liga das Nações. A Liga (ou Sociedade) das Nações surgiu em consequência dos horrores da Primeira Guerra Mundial e foi a primeira tentativa de consolidar uma organização universal para a paz. Acreditava-se que futuros conflitos só poderiam ser impedidos se fosse criada uma instituição internacional permanente, encarregada de negociar e ‘‘garantir a paz’’. O principal precursor da idéia fora o presidente norte-americano Woodrow Wilson (1856–1924).
   A Liga das Nações, porém, fracassou por defeitos de origem. Não dispunha de um poder executivo forte, nem contava com representantes da União Soviética e dos Estados Unidos – a nação de seu idealizador. O governo de Moscou não era aceito, e Washington não ingressou na organização por rejeitar o Tratado de Versalhes. Mesmo nos melhores tempos, o número de membros não passou de 50. Já em 1923, tornou-se evidente a fraqueza da Liga, quando os franceses invadiram a região alemã da Renânia, para cobrar reparações de guerra.
   Um dos poucos êxitos da organização foi o pacto de segurança firmado entre Alemanha, França, Grã-Bretanha e Bélgica, além da resolução diplomática de alguns conflitos internacionais. Genebra, porém, nada pôde fazer para impedir a crise econômica mundial, no final da década de 20. A miséria geral impulsionou as forças nacionalistas que se opunham ao Tratado de Versalhes.
   A invasão da Manchúria pelo Japão, em 1931, foi uma prova do fracasso da Liga das Nações. Condenado um ano e meio depois pelo ato de agressão, o Japão abandonou a organização. A Alemanha seguiu o mesmo caminho a 14 de outubro de 1933. Adolf Hitler, interessado apenas em armar seu país, usou uma série de pretextos para abandonar a conferência de desarmamento e ridicularizar a Liga das Nações.
   As invasões da Abissínia pela Itália, em 1935, e da Finlândia, pela União Soviética, em 1939, revelaram que a Liga das Nações não passava de uma organização de fachada. Seu último ato foi expulsar a URSS, que havia sido admitida como membro em 1934. A esta altura, porém, a Segunda Guerra Mundial já estava a pleno caminho, o que frustrou de vez as intenções pacifistas dos idealizadores da Liga das Nações.
   Mas precisamos dar uma ‘‘pulada’’ no tempo e irmos mais adiante para que possamos analisar as atrocidade e barbáries cometidas não só pelos EUA mas também pela ONU (com sede em Nova Iorque) para realizarem assim seu projeto de hegemonia. Uma assombrosa ‘‘necessidade’’ que essa nação possui é a de criar inimigos. No passado foram os ingleses, espanhóis, mexicanos, guerra civil, URSS. Mais recente foi o ‘‘Eixo do Mal’’ composto por Irã, Iraque e Coréia do Norte, etc. A economia dos EUA sempre foi a base da guerra. A arrogância é a característica mais marcante do governo dos Estados Unidos da América.
   Ok, então vamos iniciar nossa série de ‘‘perguntas’’ acerca das ações e omissões da ONU nos lembrando da época do Governo de George Walker Bush.

   Na época da invasão do Afeganistão pelas Forças Armadas dos EUA em outubro de 2001, Bush bateu à porta do inferno a pretexto de capturar o ‘‘diabo’’, sem se importar se o resto do planeta virasse um purgatório. Na época, até a morte se tornou um perigo porque na falta de prova que Deus existia, o belicista texano decidiu bancar o Todo-Poderoso, mas quase levou a nação americana para as trevas.
   Num cenário dantesco, havia quem se preocupasse com o futuro das Nações Unidas, como se ainda houvesse esperança nas alternativas diplomáticas. Nunca houve! E bastam algumas poucas perguntas para se concluir que nunca haverá.
  
O que fazia a ONU no massacre da Guerra da Coréia e Guerra do Vietnã? Onde estava a ONU quando a Rússia (então União Soviética) invadiu a Checoslováquia (1968) e mais recentemente a Chechênia (1999)? Quando a França espancou a Argélia? Quando a África do Sul aprisionou Nelson Mandela, por 27 anos, para exterminar sem resistência a maioria negra? Quando a Indonésia arrebentou o Timor? Quando a Sérvia trucidou a Croácia, Bósnia e Kosovo? Quem intervém na luta sangrenta entre palestinos e israelenses? Onde estavam Kofi Anan e Butros Ghali durante os massacres em Angola, Congo, Etiópia, Ruanda, Sudão e Uganda? Como o ex-oficial nazista Kurt Waldhein pôde ser secretário-geral das Nações Unidas?
   Trata-se de omissão criminosa diante de matanças com mais de 4 milhões de corpos – vítimas de uma combinação letal: o mau uso do poder do dinheiro e a banalização da força das armas. O jogo sujo se deve ao FRACASSO DA DEMOCRACIA e à fraqueza da humanidade, cúmplice e refém do colonianismo, imperialismo e totalitarismo.
   De todos os temores impostos por mais guerras covardes e estúpidas que a ‘‘polícia do mundo’’ fará, deve-se poupar o medo de que a ONU desapareça. Afinal onde ela estará quando os EUA deflagrar de vez a Terceira Guerra Mundial?

Filipe Avelar


3 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá minha amiga e professora Semíramis! Obrigado por participar e estar sempre me ajudando e orientando! Amplexos e até Sempre!

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  2. "Escolhido por Deus",essa é ótima,eles intitulam seus interesses com "Deus quer",um certo comentário de um critico,Arnaldo Jabor,relatou como era tratado a saúde na terra dos salvadores do mundo,saúde publica precária,enquanto a privada,perfeita,argumento dos iluminados,se eles não tem condição de ter plano de saúde,é por que não foi da vontade de Deus,precisamos ter um senso critico do que é a verdadeira vontade de Deus,e não se calar diante inimigos da paz.

    (Alexandre Rodrigues)

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