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domingo, 19 de agosto de 2012


Imperialismo
Prática utilizada pelas nações e povos mais poderosos para ampliar e manter o controle ou influência sobre nações ou povos mais fracos. No mundo antigo tal prática deu origem a grandes impérios que surgiam quando um povo tentava dominar os demais, criando um sistema de controle centralizado.
O imperialismo europeu da Era Moderna é caracterizado pela expansão colonialista sobre territórios de ultramar. Os sistemas imperialistas foram estruturados, segundo a doutrina do mercantilismo: cada metrópole buscava controlar o comércio de suas colônias para monopolizar os benefícios conseguidos.
Em meados do século XIX, surgiu uma outra variante, o imperialismo de livre câmbio. No entanto, esta modalidade logo desapareceria: antes do final do século XIX, as potências européias haviam voltado a praticar a anexação territorial, expandindo-se pela África, pela Ásia e pelo Pacífico.
A partir do fim da II Guerra Mundial, e da dissolução da maior parte dos impérios, passou a prevalecer o que pode ser qualificado como imperialismo econômico moderno: por exemplo, o que é exercido pelos Estados Unidos sobre determinadas nações do Terceiro Mundo. Do mesmo modo, as potências européias continuam a interferir na vida política e econômica de suas antigas colônias.
Razões diversas podem ser apontadas para explicar este fenômeno. Embora os interesses econômicos sejam os fatores de maior influência, alguns autores dão ênfase aos condicionamentos políticos, ao desejo de poder, de prestígio e de vantagens diplomáticas em relação a outros Estados. Outra hipótese defende os motivos ideológicos e morais: alguns países seriam levados a estender sua influência para difundir valores políticos, culturais ou religiosos. E, por fim, há teorias fundamentadas nas circunstâncias políticas das nações menos desenvolvidas.
Mercantilismo, doutrina de pensamento econômico que prevaleceu na Europa durante os séculos XVI, XVII e XVIII. Promulgava que o governo devia exercer um controle férreo sobre a indústria e o comércio para aumentar o poder da nação, ao conseguir que as exportações superem em valor as importações. O mercantilismo era um conjunto de sólidas crenças, entre as quais cabe destacar: a idéia de que era preferível exportar para terceiros a importar bens ou comercializar dentro do próprio país; a convicção de que a riqueza de uma nação depende sobretudo da acumulação de ouro e prata; e a justificação da intervenção pública na economia se voltada à obtenção dos objetivos anteriores.
Câmbio livre, comércio entre países de bens e matérias primas sem restrições de impostos alfandegários, quotas de importação, ou controles de fronteira. Esta política econômica contrasta com o protecionismo ou o fomento a produtos nacionais, mediante a imposição de impostos de importação ou outras medidas legais, para o intercâmbio de produtos entre países.
As primeiras doutrinas sobre comércio exterior surgiram, durante o século XV, com o aparecimento do Estado moderno. A principal delas, o mercantilismo, predominou na Europa ocidental do século XVI até o início do século XIX. Em oposição, surgiu, na França, no século XVIII, uma nova escola econômica, a fisiocracia, liderada por Quesnay, cuja influência está presente no pensamento dos economistas Adam Smith e David Ricardo. Segundo Smith, a regulamentação governamental do comércio reduzia as riquezas das nações, impedindo a aquisição de uma maior quantidade de bens pelo menor preço. Pelo livre comércio, cada país poderia aumentar sua riqueza exportando bens com menores custos e importando mais baratos. A teoria clássica do comércio desenvolvida por esses economistas analisa, sobretudo, os ganhos oriundos do livre comércio.
Muitos países jamais adotaram uma política comercial de câmbio livre. No entanto, a Grã-Bretanha, entre as décadas de 1840 e de 1938, suprimiu todas as restrições à importação.
Terceiro Mundo, nome geral que se dá aos países em vias de desenvolvimento. O termo foi criado durante a Guerra Fria quando dois blocos opostos — um guiado pelos Estados Unidos (o primeiro), e outro pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (o segundo) — dominavam a política internacional. Dentro desse modelo bipolar, o Terceiro Mundo era composto pelos países menos desenvolvidos em matéria econômica e tecnológica que não pertenciam a nenhum bloco. Idealizada pelo escritor marxista oriundo da Martinica, Frantz Fanon, a expressão implicava conotações negativas e nem sempre aceita pelos países que receberam esse rótulo. Embora as mudanças políticas e econômicas das décadas de 1980 e 1990 culminassem com o colapso do bloco soviético, o Terceiro Mundo continua sendo um termo útil para referir-se a um conjunto de países difíceis de classificar de outra forma. Assim também são chamados os Países Não-Alinhados e, na Assembléia Geral da ONU, constituem um grupo organizado, com uma política e um voto determinado por consenso entre seus componentes.
Dois terços da população mundial estão nos países do Terceiro Mundo e se encontram na América Latina, na África e na Ásia.

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